Era para ser uma manifestação pacífica, que começou por volta de 5h na saída para Cosmópolis da Rodovia SP-332, na Região Metropolitana de Campinas. O grupo, de cerca de 120 pessoas, queria interromper a cobrança na praça de pedágio na manhã de sexta-feira, como forma de pressionar a redução na tarifa. No entanto, de acordo com uma das organizadoras do protesto, de 18 anos, Landa Vasconcelos da Costa, a manifestação saiu do controle quando um grupo isolado desceu de ônibus fretados e começou a depredar a praça de pedágio, que fica no km 132 da rodovia. Por volta de 10 horas da manhã, duas cabines foram incendiadas, vidros estilhaçados, câmeras de vigilância e catracas destruídas. Os próprios manifestantes do lado pacífico conseguiram dispersar alguns dos vândalos, mas a polícia teve que intervir e acabou prendendo um homem. Ele foi liberado em seguida por exigência dos manifestantes que ameaçavam destruir ainda mais as cabines, como explica o Capitão do 4º. Batalhão da Polícia Militar Rodoviária, Hugo Maeda.
Durante toda a manhã, a PM tentou negociar com os manifestantes que bloqueavam os dois lados da Rodovia. Mas, os manifestantes insistiam no bloqueio, mesmo após duas rodadas de negociação. A Força Tática só conseguiu dispersar os manifestantes com o uso de bambas de efeito moral e gás de pimenta. Cinco deles foram detidos e qualificados por suspeita de dano ao patrimônio. Apesar de alguns dos detidos terem acusado os policiais de violência, ninguém ficou ferido gravemente. O Capitão Maeda acredita que alguns tenham se machucado na hora da correria quando forma usadas as bombas de efeito moral. Apesar da confusão, moradores da região apoiaram o protesto, por considerarem abusivo o preço dos pedágios na rodovia. A SP 332 foi liberada apenas por volta de 14h30. Durante toda a manhã e início da tarde o tráfego nos dois sentidos teve que ser desviado por uma estrada de terra por dentro de Cosmópolis e Paulínia.
