Mesmo com os dados do Datasus registrando aumento no número de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) na Região Metropolitana de Campinas (RMC) nos últimos três anos, as unidades ainda são consideradas insuficientes pelo Ministério da Saúde. Isso porquê o crescimento de 6,5% ainda mantem o índice abaixo do recomendável. Atualmente, são 1,7 leitos para cada mil habitantes, sendo que o ideal seria de 2,5 a três vagas.
O problema é antigo e segundo o presidente do Conselho de Saúde de Campinas, José Paulo Porsani, piorou nos últimos anos no maior município da região. De acordo com ele, a cidade conta com 765 unidades atualmente, mas teve uma redução de 109 de 2008 até 2012 – situação agravada pelo fechamento de vagas nos hospitais Ouro Verde, Celso Pierro e Mário Gatti. Ainda segundo Porsani, outra situação que também contribui para a falta de leitos é a procura de pacientes de outras cidades por unidades em Campinas. Para ele, a construção de um hospital metropolitano desafogaria a Saúde no município, já que ofereceria atendimento de alta complexidade para toda a região.
A possibilidade, porém, depende ainda de reuniões do Conselho Metropolitano, de acordo com o presidente da entidade e prefeito de Vinhedo, Milton Serafim. A intenção é garantir verbas para a realização do projeto através do Banco Interamericano de Desenvolvimento. De acordo com Serafim, o dinheiro já foi liberado ao Governo do estado, mas resta a definição quanto ao montante que será repassado à Região Metropolitana de Campinas. Depois disso, segundo ele, é que o projeto poderá ser encaminhado.
Enquanto a construção segue sem definição, o Conselho Metropolitano também se movimenta para implantar uma central de vagas para a região. A ideia, além de interligar as unidades de saúde para facilitar a distribuição de leitos, também contribuiria no atendimento dos pacientes, já que manteria um cadastro regional. O objetivo de Milton Serafim é se reunir com o Ministro da Saúde Alexandre Padilha para abordar os detalhes do projeto. A expectativa é de que sejam repassados até R$ 4 milhões de reais pelo Governo Federal.
